Bitcoin e Ethereum sustentam níveis-chave enquanto Solana sofre hack misterioso de 8 mil carteiras

O Bitcoin (BTC) evitou uma queda mais forte ontem em meio às tensões geopolíticas entre EUA e China por conta da visita de Nancy Pelosi à Taiwan, e volta a ser negociado no patamar de US$ 23 mil na manhã desta quarta-feira (3). Às 7h, a criptomoeda opera em alta de 2,9%, a US$ 23.409. Já o Ethereum, que caiu mais forte, retoma o nível de US$ 1.650 e avança 5,4%.
A recuperação da segunda cripto mais valiosa do mundo ocorre em um momento de dúvidas em torno da atualização “Merge” (Fusão), marcada para setembro, por conta de uma falha no código do software encontrada por desenvolvedores.
Traders também alertam para uma fraqueza no movimento de alta que fez o Ethereum disparar cerca de 60% em julho. A queda de ontem fez a cripto falhar em estabelecer uma posição acima da média móvel simples de 100 dias, posicionada em cerca de US$ 1.750.
A partir daqui, a perda dessa linha de tendência pode implicar no fim do salto da criptomoeda desde que ela valia US$ 1 mil, fazendo o preço mirar nos US$ 1.356. Abaixo desse preço, compradores podem intervir para tentar provocar um piso na região de US$ 1 mil, avalia Katie Stockton, fundadora e gestora da Fairlead Strategies.
Segundo a especialista, se o Ethereum chegar de fato cair para US$ 1 mil novamente, poderá haver uma mudança de direção no movimento, de alta para queda mais profunda.
No entanto, é a Solana (SOL) que preocupa mais os investidores nesta manhã, após um hack generalizado na blockchain rival do Ethereum. Desde a noite de ontem, usuários relatam que suas criptomoedas estariam sendo drenadas de carteiras como Phantom, Slope e TrustWallet.
Estima-se que mais de 8 mil carteiras teriam sido comprometidas até agora, em um ataque responsável por desviar pelo menos US$ 5 milhões em criptomoedas que rodam na Solana, segundo auditores de blockchain da OtterSec.
“Estamos avaliando o incidente que afeta as carteiras da Solana e estamos trabalhando em estreita colaboração com outras equipes do ecossistema para chegar ao fundo disso. Emitiremos uma atualização assim que reunirmos mais informações”, afirmou um representante da Phantom, empresa dona da maior carteira para Solana, ao CoinDesk. “A equipe não acredita que este seja um problema específico da Phantom no momento”.
Leia também

Cripto+
As criptomoedas que todo investidor deveria estar acumulando agora
Veja detalhes de projetos escolhidos pelo especialista Vinícius Terranova para acumular visando valorização exponencial nos próximos meses
A causa exata do ataque ainda é desconhecida. Uma das suspeitas é de que o invasor de alguma forma tenha conseguido autorizar transações em nome dos usuários, possivelmente após as vítimas tem sido atraídas para um site controlado pelo hacker. As pessoas afetadas, portanto, podem ter elas próprias dado as permissões para o invasor sem se dar conta disso.
Pelo que se sabe, apenas as carteiras que funcionam sempre conectadas à Internet e geralmente operam no navegador, chamadas de hot wallets (carteiras quentes), teriam sido comprometidas. Carteiras em dispositivos físicos não foram afetadas.
Quinta maior blockchain por valor total investido de acordo com a plataforma DefiLlama, a Solana cresceu em popularidade no ano passado devido às suas transações rápidas e baratas. O token SOL recuou desde a noite de ontem, quando a notícia do ataque veio à tona, e hoje opera em queda de 2,6% em relação às últimas 24 horas.
Desenvolvedores identificam falha em atualização do Ethereum
Desenvolvedores do Ethereum identificaram uma falha no processo de combinação de redes pelo qual a blockchain passará em setembro, por ocasião da atualização chamada de “Merge” (Fusão), que irá abandonar o sistema atual de mineração.
Alex Stokes, pesquisador da Ethereum Foundation, levantou preocupações sobre uma possível falha no código, em uma vulnerabilidade que poderia afetar a maneira como computadores que trabalham para a rede se comunicam.
Um dos riscos, avalia Strokes, seria a interrupção da adição ordenada de blocos à blockchain, potencialmente provocando falha em transações.
O especialista, no entanto, esclareceu ao CoinDesk que essa complicação não deve afetar o prazo para implementação da atualização.
Defensor do Bitcoin, Michael Saylor deixa comando da MicroStrategy
Michael Saylor, um dos maiores apoiadores do Bitcoin no empresariado norte-americano, entregou o cargo de CEO da MicroStrategy a ao executivo Phong Le, que já havia presidido a empresa.
Saylor agora ocupa o cargo de presidente do conselho e deverá se concentrar exclusivamente na estratégia de tesouraria envolvendo criptomoedas.
A notícia vem logo após a MicroStrategy reportar um prejuízo não realizado de US$ 917,8 milhões em sua posição de Bitcoin no resultado do segundo trimestre. A empresa possui perto de 130.000 BTC no valor aproximado de US$ 3 bilhões – eles foram adquiridos por cerca de US$ 4 bilhões.
Source
Subscribe to get our top stories
Related News

Bitcoin por US$ 19 mil: Ethereum sobe 5%, Solana sobe 1,8%, Polygon sobe 8% e token de jogo abre o dia com alta de 9%

Bitcoin sustenta nível de US$ 23 mil e deve fechar melhor semana em quatro meses; Ethereum dispara 8%
